Plantão Olimpíadas 2012

Oi gente!

Pra começo de conversa, quero mais-uma-vez-novamente-de-novo-toda-hora agradecer aos recadinhos, inbox, e-mails, comentários e tudo mais que ando recebendo pela coluna. Alguém já disse que vocês são uns fofos? Pois é: UNS FOFOS!

Bom, depois desse momento de carícia, vamos trabalhar! Vocês têm visto as Olimpíadas? Vou confessar que não sou um exemplo de como ser patriota e não tenho visto muita coisa, até porque esse nosso curso não nos dá uma folguinha (eu já voltei à dura realidade com gosto!), mas entre um livro e outro
acabei vendo a notícia de uma jogadora de Hóquei que fraturou a mandíbula.
Vocês viram?!



Pois bem, a moça da foto é a britânica Kate Walsh, capitã da seleção de hóquei. Pelo o que eu entendi da história, ela foi contemplada, acidentalmente, com uma bela tacada da adversária japonesa, aos quatro minutos finais do jogo.
Que azar, hein? 






Como monitora de Anatomia Geral apaixonada que sou, preciso puxar a sardinha pro meu lado e falar um pouquinho sobre esse lindo e importantíssimo osso.

A mandíbula é o único osso móvel da face, contendo a nossa arcada dentária inferior. Participa de funções básicas como mastigação, fonação e deglutição, além de participar da manutenção da
oclusão dentária, ocupando, juntamente com a maxila, a maior porção óssea do esqueleto facial. É constituída por uma resistente massa óssea, com curvatura que lembra a de uma ferradura e estrutura provida de linhas de resistência ou reforço, ou seja, é um osso bem difícil de fraturar. Porém, há regiões de considerável fragilidade e devido a sua projeção no terço inferior da face, é facilmente atingida por traumas severos, podendo resultar nessas fraturas. Além do mais, variadas condições predispõem à fraturas, tais como, atrofia mandibular, osteoporose e a presença de processos patológicos bucomaxilofaciais associados, como um cisto ou tumor.


Além dos traumas severos (acidentes automobilísticos, acidentes de trabalho, prática de esportes, quedas e agressões físicas), as fraturas também podem ocorrer no trans ou pós-operatório de exodontias, principalmente dos dentes inclusos. Elas podem levar a deformidades, sejam por deslocamentos, ou perdas ósseas não-restauradas, como alterações de oclusão dentária ou da articulação temporomandibular.


       Para o diagnóstico da fratura, o exame clínico evidencia sinais e sintomas composto por dor, edema, hematoma, desoclusão dentária, alteração do contorno facial, salivação intensa, crepitação e mobilidade de fragmentos ósseos. Além disso, o Bucomaxilofacial pode dispor de exames complementares, como raios X e Tomografia Computadorizada.

    O grau de comprometimento ósseo está diretamente relacionado à interação da intensidade e direção do trauma. Como estamos falando do caso da atleta, o trauma se caracterizou como de alta intensidade, com um agente contundente rígido (taco) e, pelo o que podemos perceber na foto do ato, o trauma aconteceu entre o corpo e o ramo mandibular, zona de fragilidade. Não encontrei nada na internet sobre a localização exata da fratura, mas acredito que tenha sido uma das duas fraturas, na foto abaixo.

             

                O tratamento das fraturas mandibulares requer o uso de algumas técnicas dentre as quais vale salientar  a fixação intermaxilar (FIM) e a fixação interna estável. Esta por sua vez, é bastante utilizada devido ao conforto proporcionado ao paciente, sendo aplicada com o uso de placas, miniplacas e parafusos.


Geralmente o controle de um paciente com fratura mandibular dura em torno de 6 meses mas, acreditem se quiser, a atleta foi operada e já esta de volta ao centro olímpico para voltar aos jogos!!!!

Espero que dê tudo certo na recuperação dela, embora eu ache uma loucura o fato dela não ter abandonado as Olimpíadas.

Gostaram?
Voltarei a qualquer momento com o Plantão Olimpíadas do Odonto Depressão!


Lays Azulay, estudante de Odontologia e Monitora de Anatomia Geral para todos os cursos da área da saúde, da Universidade Ceuma, São Luis – MA
Contato: lala_azulay@hotmail.com 










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